sábado, 17 de julho de 2010

SOFRER


De sofrer intenso sofre a alma
e todo ser desesperado grita:
Sofrer até quando?
E o prazer das horas e dos momentos
se extinguindo vai
num enorme novelo
de confusos sentimentos
onde recordar significa sofrer,
chorar, morrer...
De uma dor sofrida,
de uma dor antiga,
de uma dor ferida,
chamada dor de amor e nostalgia...

ESTRELA PERDIDA

Um dia, no céu da vida
vi uma estrela perdida,
a pobrezinha estava sozinha como uma triste menina, procurando amor e companhia. Com pena adotei-a como filha minha e juntas encontramos a poesia...

MULHERES DE PESCADORES

Os olhos das amadas insistem em contemplar as ondas do mar que na praia vão se quebrar... O que esperam? Por que suspiram? Seus olhos radiosos como a manhã ardem de tanto chorar... Seus amados partiram e não sabem quando vão voltar... Por isso ficam incessantemente á fitar o mar,deixando-me também com vontade de chorar. Para disfarçar, sem mais nada para contar, ponho-me a poetar pensando nos olhos das amadas esepranças que esperam seus pescadores do mar voltar...

BRILHO INTENSO

Um brilho intenso invade a alma, iluminando os cantos escuros do ser, fazendo-nos compreender a razão de viver... Viver para este momento que o brilho intenso invade o céu da alma. E o nosso olhar se emociona e acalma ao perceber que o brilho intenso que invade o céu da alma parte de um outro olhar; ''dado" lançado do fundo de uma outra alma...

MEUS OLHOS PÁSSAROS

Não posso impedir que meus
olhos pássaros,
deixem de passear
pelo teu corpo
voando...voando...
Pedindo socorro, apelando...
Chorando em segredo,
num silêncio imenso,
no éspaço do céu do teu corpo;
vagando... Vagando...

ENTRE OS PINGOS DA CHUVA

A chuva no telhado era balada para o coração
junto com um vento enovelado, enrolado
com um velho num calor gostoso de cobertor,
ouvindo uma canção de amor.
A chuva na janela era um convite relaxante
para um banho refrescante...
A chuva no meio da rua, não podia emcobrir a lua
porque era dia não era noite.
Fazendo a alma, numa louca euforia, fazer folia
mesmo com roupa se sentir nua...
fazendo o riso vir á tona, num riso cristalino
de menina perdida entre os pingos da chuva...

Lágrima de Amor

Naquele dia tão triste da vida...
Naquela hora que de todas
as horas foi a mais vivida...
Naquela despedida tão sofrida,
derramei uma lágrima apenas
de puro amor...
Nela estava sonhos
amados e esquecidos,
desejos queridos e gritos
no silêncio perdidos.
Sim, uma lágrima apenas
de puro amor...
De um amor poético, lírico,
sofrido, dolorido
como dos tempos antigos...
A mesma lágrima que Julieta
derramou depois de um grito
ao ver Romeu morto,
para sempre perdido...