sexta-feira, 9 de julho de 2010

MARCAS DO TEMPO

Passo a mão no teu rosto
e sinto em meus dedos
nas suaves carícias
as marcas do tempo,
de tantos momentos,
noites de sonhos, devaneios
e alguns sofrimentos.
E eu as beijo uma por uma,
sentindo em cada marca
uma história diferente...
São marcas que o tempo deixou
E com orgulho hoje vejo, sinto
e com amor contemplo,
esperando atenuá-las
com o vento do meu amor
e minha juventude ainda em flor...

A FERIDA

A ferida está aberta,
sangrando dentro
da mulher poeta.
A ferida está aberta...
Ferida triste,
de doer não pára...
Rios de poemas
em forma de lágrimas,
transformando-me viva,
numa alma penada
cheia de poesia...

HABITANTES DE BAR

Por trás de cada rosto
um sorriso...
Por tás de cada sorriso
lágrimas escondidas,
no fundo do peito sentidas...
Pessoas em recordações,
lembranças perdidas
num bar cheio de boêmia,
onde a nostalgia
vem navegar nos corações
junto as mesas
num copo de bebida...
Pessoas de sí mesmo esquecidas,
em noites estreladas bonitas...
Poesias vivas em forma
de rostos de pessoas,
corações para todos os gostos reunidos
num mesmo lugar, tentando
a solidão afastar, procurando
novas formas de amar....

TEU NOME

Teu nome ressoa em meu ouvidos... Astro incandescente, romântico demente, saudade clemente no peito vivente... Sim, ainda ressoa teu nome... Elo do passado, espelho inquebravel, sofrido encantado, pequeno adoravel, grande amado, no peito sufocado... Teu nome me faz voltar no tempo, recordar sonhos desfeitos perdidos no vento...